Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
Faz hoje 25 anos que desapareceu Zeca Afonso, o mais importante e influente cantor de intervenção português. Foi um grande combatente do Fascismo e foi uma das suas músicas, "Grândola, Vila Morena", que serviu como sinal para dar início à Revolução dos Cravos (25 de Abril de 1974).
Obrigado, Zeca.
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.
O que faço num dia normal? Acordo por volta da sete, levantanto-me e tomo o pequeno-almoço. Depois tomo um duche rápido, lavo os dentes e saio para o trabalho. Habitualmente vou de bicicleta, embora por vezes apanhe o autocarro. Por volta da uma almoço perto do trabalho e tomo um café cheio antes de voltar para o meu emprego. A meio da tarde, pego no meu saco e vou ao ginásio. Por vezes passo pelo supermercado e faço algumas compras para a casa. Chego a casa por volta das oito da noite e faço o jantar. Durante a semana vejo um pouco de televisão ou navego na internet. Antes de dormir, leio um bom livro e por volta da meia noite vou para a cama. De vez em quando, antes ou depois de jantar, saio e bebo um copo com os amigos. Claro que ao fim de semana aproveito sempre para dormir mais um pouco de manhã.
Um magnífico poema de Ary dos Santos na voz de Mafalda Arnauth - "Estrela da tarde"
Era a tarde mais longa de todas as tardes
Que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas
Tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
Tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
Na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo
Que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz
Que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto
Tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite,
Para haver outro dia.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Foi a noite mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos noturnos silêncios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram.
Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto!
1/2 litro de leite
2 c/sopa de farinha Maizena
1/2 de uma vagem de baunilha
200g de açúcar
6 gemas
massa folhada congelada
Preparação:
Num tacho deita-se o leite, o açúcar, a farinha maizena e a vagem de baunilha, leva-se ao lume,mexendo sempre até engrossar.Tira-se do lume e deixa-se arrefecer um pouco, juntam-se as 6 gemas, mexe-se bem, e vai novamente ao lume a cozer as gemas sem deixar de mexer. Forram-se as forminhas com massa folhada,enchem-se com o creme e vai ao forno a alourar a 180º durante 25 minutos.
Qual era a minha posição
Se tu queres viver assim
Perder-te assim
Senti que tinha obrigação
Em tentar salvar-te
Mas não é dar-te
Tudo o que queres é demais para mim
Não te quero dar mais do que posso
Dou-te nada
Quando tu queres tudo
Dou-te tudo
Quando não queres nada
Queres tudo queres
Não queres nada, não
(x4)
Qual era a tua indecisão
Se tu vais sentir por fim
Noites frias sem mim
Não basta só ter a intenção
É preciso dares-te
Sem duvidares que
Tudo o que queres é demais para mim
E eu não consigo dar mais do que posso
Dou-te nada
Quando tu queres tudo
Dou-te tudo
Quando não queres nada
Não vamos fazer disto mais uma canção
Leva-me a sério e ouve o que eu te disse no refrão
Eu não quero ser sempre o teu porto seguro
Mas tenho a certeza que és o meu futuro
Como farei, direi ser o teu predilecto
Partilhar contigo tudo no mesmo tecto
Lamechices que eu amo demais
Estou tão apanhado por ti que só me apetece pedir a mão aos teus pais
Viver alguns tipo anos 60
Onde tudo era tão belo
Virgem, simples, perfeito
Se estás apaixonada não fiques parada
Porque eu
Dou-te nada
Quando tu queres tudo
Dou-te tudo
Quando não queres nada
A partir desta semana, serão disponibilizados, todas as quartas-feiras, pequenos registos sonoros com a respetiva transcrição. Será assim possível treinar a pronúncia e a audição.
Esta semana começamos com a descrição da Joana.
Transcrição:
A Joana é uma rapariga portuguesa. Ela é do Porto e tem 19 anos. Ela é alta e muito bonita. Tem os cabelos castanhos e os olhos verdes. O seu cabelo é comprido e encaracolado. Muitas vezes ela gosta de usar o cabelo apanhado. Ela estuda na Universidade. Quando terminar o seu curso ela gostava de ser tradutora.