Quando temos um dia de sol dizemos que está...
Um dia SOLARENGO?
ou
Um dia SOALHEIRO?
Não perca a resposta na próxima sexta-feira.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Música ao domingo
Madalena Iglésias - Ele e ela
Um clássico de 1966, representando Portugal no Eurofestival desse ano.
Sei quem ele é
Ele é bom rapaz
Um pouco tímido até
Vivia no sonho de encontrar o amor
Pois seu coração pedia mais,
Mais calor
Ela apareceu
E a beleza dela
Desde logo o prendeu
Gostam um do outro e agora ele diz
Que alcançou na vida o maior bem,
É feliz.
Só pensa nela
A toda a hora
Sonha com ela
P´la noite fora
Chora por ela
Se ela não vem
Só fala nela
Cada momento
Vive com ela
No pensamento
Ele sem ela
Não é ninguém
Um clássico de 1966, representando Portugal no Eurofestival desse ano.
Sei quem ele é
Ele é bom rapaz
Um pouco tímido até
Vivia no sonho de encontrar o amor
Pois seu coração pedia mais,
Mais calor
Ela apareceu
E a beleza dela
Desde logo o prendeu
Gostam um do outro e agora ele diz
Que alcançou na vida o maior bem,
É feliz.
Só pensa nela
A toda a hora
Sonha com ela
P´la noite fora
Chora por ela
Se ela não vem
Só fala nela
Cada momento
Vive com ela
No pensamento
Ele sem ela
Não é ninguém
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Um poema por semana
[Na praia lá da Boa Nova, um dia,] - António Nobre (recitado por Carla Bolito)
Na praia lá da Boa Nova, um dia,
Edifiquei (foi esse o grande mal)
Alto Castelo, o que é a fantasia,
Todo de lápis-lazúli e coral!
Porque eu já fui um poderoso Conde,
Naquela idade em que se é conde assim...
Na praia lá da Boa Nova, um dia,
Edifiquei (foi esse o grande mal)
Alto Castelo, o que é a fantasia,
Todo de lápis-lazúli e coral!
Naquelas redondezas não havia
Quem se gabasse dum domínio igual:
Oh Castelo tão alto! parecia
O território dum Senhor feudal!
Quem se gabasse dum domínio igual:
Oh Castelo tão alto! parecia
O território dum Senhor feudal!
Um dia (não sei quando, nem sei donde)
Um vento seco de deserto e spleen
Deitou por terra, ao pó que tudo esconde,
Um vento seco de deserto e spleen
Deitou por terra, ao pó que tudo esconde,
O meu condado, o meu condado, sim!
Porque eu já fui um poderoso Conde,
Naquela idade em que se é conde assim...
António Nobre
1867-1900
1867-1900
domingo, 22 de maio de 2011
Música ao domingo
Ornatos Violeta - Ouvi dizer
Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!
Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!
sábado, 21 de maio de 2011
Qual a forma correcta? - Solução.
Esta é a solução do exercício do dia 16 de Maio.
Devemos dizer...
Não como há duas horas.
Para indicar a quantidade de tempo que passou (duas horas, um dia, três semanas, dez anos, um século,...) temos de usar HÁ.
Exemplos:
- Não tenho férias há cinco anos.
- Saiu daqui há quinze segundos.
- A Guerra Fria acabou há cerca de vinte anos.
- Há um século atrás não havia televisão.
Num próximo post iremos fazer a distinção entre HÁ e DESDE.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Um poema por semana
Ariane - Miguel Torga (recitado por Inês Veiga Macedo)
Ariane é um navio.
Tem mastros, velas e bandeira à proa,
E chegou num dia branco, frio,
A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de Sonho, fundeou
Dentro da claridade destas grades...
Cisne de todos, que se foi, voltou
Só para os olhos de quem tem saudades...
Foram duas fragatas ver quem era
Um tal milagre assim: era um navio
Que se balança ali à minha espera
Entre as gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda por meus passos
Sair desta prisão em corpo inteiro,
E levantar âncora, e cair nos braços
De Ariane, o veleiro.
Ariane é um navio.
Tem mastros, velas e bandeira à proa,
E chegou num dia branco, frio,
A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de Sonho, fundeou
Dentro da claridade destas grades...
Cisne de todos, que se foi, voltou
Só para os olhos de quem tem saudades...
Foram duas fragatas ver quem era
Um tal milagre assim: era um navio
Que se balança ali à minha espera
Entre as gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda por meus passos
Sair desta prisão em corpo inteiro,
E levantar âncora, e cair nos braços
De Ariane, o veleiro.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Feminino ou masculino - Soluções
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Qual a forma correcta?
Devemos dizer...
Não como à duas horas.
Não como a duas horas.
Não como há duas horas
Não perca a resposta no próximo sábado.
Não como à duas horas.
Não como a duas horas.
Não como há duas horas
Não perca a resposta no próximo sábado.
domingo, 15 de maio de 2011
Música ao domingo
Virgem Suta - Tomo conta desta tua casa
Tomo conta desta tua casa
Imprópria para amar, sei lá porquê
Não consigo agarrar o que me resta
Pedaços do que foste, e ninguém vê
Rendido ao teu sofá, nele me encontro
Repouso agora em sono mal dormido
Pretendo esclarecer o desencontro
Do nosso amor que há muito anda perdido
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
A leve embriaguez passa a febre
Num quente desconforto de um mendigo
Que aguarda numa esperança duvidosa
O gesto carinhoso de um abrigo
Pensar, sentir, querer, é tão confuso
A sensação da dor está revelada
Agora o que fazemos de nós dois?
Vivemos como se não fosse nada
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
Tomo conta desta tua casa
Imprópria para amar, sei lá porquê
Não consigo agarrar o que me resta
Pedaços do que foste, e ninguém vê
Rendido ao teu sofá, nele me encontro
Repouso agora em sono mal dormido
Pretendo esclarecer o desencontro
Do nosso amor que há muito anda perdido
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
A leve embriaguez passa a febre
Num quente desconforto de um mendigo
Que aguarda numa esperança duvidosa
O gesto carinhoso de um abrigo
Pensar, sentir, querer, é tão confuso
A sensação da dor está revelada
Agora o que fazemos de nós dois?
Vivemos como se não fosse nada
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
Eu sei
Que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
Que a perversão será ainda mais real
terça-feira, 10 de maio de 2011
Um poema por semana
Numa iniciativa de Paula Moura Pinheiro, a RTP2 (segundo canal público da televisão portuguesa) está a apresentar 15 poemas recitados por 75 pessoas diferentes em 75 dias: um poema por semana.
Fiquem com uma primeira amostra: o poema "Mãezinha" de António Gedeão, recitado por Leandro Morgado.
Fiquem com uma primeira amostra: o poema "Mãezinha" de António Gedeão, recitado por Leandro Morgado.
A terra de meu pai era pequena
e os transportes difíceis.
Não havia comboios, nem automóveis, nem aviões, nem mísseis.
Corria branda a noite e a vida era serena.
Segundo informação, concreta e exacta,
dos boletins oficiais,
viviam lá na terra, a essa data,
3023 mulheres, das quais
45 por cento eram de tenra idade,
chamando tenra idade
à que vai do berço até à puberdade.
28 por cento das restantes
eram senhoras, daquelas senhoras que só havia dantes.
Umas, viúvas, que nunca mais (oh! nunca mais!) tinham sequer sorrido
desde o dia da morte do extremoso marido;
outras, senhoras casadas, mães de filhos
(De resto, as senhoras casadas,
pelas suas próprias condições,
não têm que ser consideradas
nestas considerações.)
Das outras, 10 por cento,
eram meninas casadoiras, seriíssimas, discretas,
mas que por temperamento,
ou por outras razões mais ou menos secretas,
não se inclinavam para o casamento.
Além destas meninas
havia, salvo erro, 32,
que à meiga luz das horas vespertinas
se punham a bordar por detrás das cortinas
espreitando, de revés, quem passava nas ruas.
Dessas havia 9 que moravam
em prédios baixos como então havia,
um aqui, outro além, mas que todos ficavam
no troço habitual que o meu pai percorria,
tranquilamente no maior sossego, às horas em
que entrava e saía do emprego.
Dessas 9 excelentes raprigas
uma fugiu com o criado da lavoura;
5 morreram novas, de bexigas;
outra, que veio a ser grande senhora,
teve as suas fraquezas mas casou-se
e foi condessa por real mercê;
outra suicidou-se
não se sabe porquê.
A que sobeja
chama-se Rosinha.
Foi essa que o meu pai levou à igreja.
Foi a minha mãezinha.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Calçar ou vestir as luvas?
Em português a forma correcta é calçar. Tal como as meias e os sapatos, para os pés, também o verbo calçar é utilizado para as luvas que se usam nas mãos. Já agora, o verbo que indica o acto de tirar as luvas (e também as meias e os sapatos) é o verbo descalçar.
Em português, quando queremos dizer que alguém tem um problema para resolver utilizamos a expressão "descalçar uma bota". Por exemplo:
- Não sei como é que o João vai descalçar essa bota! (Não sei como é que o João vai resolver esse problema)
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Expressões Idiomáticas,
Vocabulário geral
domingo, 8 de maio de 2011
Amuo - Clã
Duas grandes cantoras, Manuela Azevedo, portuguesa e vocalista dos Clã, e Fernanda Takai, vocalista dos brasileiros Pato Fu.
Vejo que estás mais crescida
Já dobras a frustração
Bates com a porta ao mundo
Quando ele te diz não
Envolves o teu espaço
Na tua membrana ausente
Recuas atrás um passo
Para depois dar dois em frente
Amuar faz bem
Amuar faz bem
Ficas descalça em casa
A fazer a tua cura
Salva por um bom amuo
De fazer má figura
Amanhã o mundo inteiro
Vai perguntar onde foste
E tu dizes apenas
Que saíeste, viajaste
Amuar faz bem
Amuar faz bem
Nada como um bom amuo
Apenas um recuo quando nada sai bem
E depois voltar
Como se nada fosse
E reencontrar o lugar
Guardado por um bom amuo
sexta-feira, 6 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
O plural de "qualquer"
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