sexta-feira, 9 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Ouvir e repetir - Fado
"Fado" vem do latim fatum, ou seja, destino. As suas origens são incertas. Pode ter nascido das canções trovadorescas, da saudade dos marinheiros ou do canto Lundum dos escravos negros do Brasil. Começou com ritmos e versos de características populares, no Porto e em Lisboa, e foi evoluindo, tornando-se mais complexo e absorvendo a mudança dos tempos. Hoje é uma música do mundo.
O primeiro registo escrito data do séc. XIX e desde então foi tomando a imagem de quem o cantou. A Severa, fadista de bairro, tornou-o conhecido nos ambientes aristocráticos pelo romance com o Conde de Vimioso.
Amália Rodrigues deu a voz e a alma a poemas de escritores portugueses e tornou o Fado conhecido fora de Portugal.
O primeiro registo escrito data do séc. XIX e desde então foi tomando a imagem de quem o cantou. A Severa, fadista de bairro, tornou-o conhecido nos ambientes aristocráticos pelo romance com o Conde de Vimioso.
Amália Rodrigues deu a voz e a alma a poemas de escritores portugueses e tornou o Fado conhecido fora de Portugal.
Mariza, a mais recente revelação, é a continuidade dessas referências e ao mesmo tempo uma nova forma de cantar o fado. O sentimento, os desgostos de amor, as saudades de alguém que partiu, a vida do bairro, as conquistas. Acompanhado à guitarra por tradição, há muitas maneiras de o cantar. Pode ser da Mouraria, corrido, à desgarrada ou dos estudantes de Coimbra.
Em 2011, o Fado foi classificado pela UNESCO Património da Humanidade.
Texto retirado daqui.
Em 2011, o Fado foi classificado pela UNESCO Património da Humanidade.
Texto retirado daqui.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Expressões idiomáticas - Idioms
Dar pontapés na gramática
Significado: dar erros ortográficos, cometer erros na utilização da linguagem.
Exemplos:
- Ele não fala muito bem a língua. Ainda dá muitos pontapés na gramática.
- Hoje o professor deu um grande pontapé na gramática na aula!
domingo, 4 de março de 2012
Música ao domingo
Sérgio Godinho - Dancemos no mundo
Isto é como tudo
não há-de ser nada
a minha namorada
é tudo que eu queira
mas vive para lá da fronteira
Separam-nos cordas
separam-nos credos
e creio que medos
e creio que leis
nos colam à pele papéis
Tratados, acordos
são pântanos, lodos
Pisemos a pista
é bom que se insista
dancemos no mundo
Eu só queria dançar contigo
sem corpo visível
dançar como amigo
se fosse possível
dois pares de sapatos
levantando o pó
dançar como amigo só
Por ódio passado
(que seja maldito)
amor favorito
não tem importância
se for é de circunstância
Separam-nos crimes
separam-nos cores
a noite é de horrores
quem disse que é lindo
o sol-posto de um dia findo
Sozinho adormeço
E em teu corpo apareço
Pisemos a pista
é bom que se insista
dancemos no mundo
Eu só queria dançar contigo
sem corpo visível
dançar como amigo
se fosse possível
dois pares de sapatos
levantando o pó
dançar como amigo só
Em passos tão simples
trocar endereços
num mundo de acessos
ar onde sufocas
lugar de supostas trocas
Separam-nos facas
separam-nos fatwas
pai-nossos e datas
e excomunhões
acondicionando paixões
Acenda-se a tua
luz na minha rua
Pisemos a pista
é bom que se insista
dancemos no mundo
Eu só queria dançar contigo
sem corpo visível
dançar como amigo
se fosse possível
dois pares de sapatos
levantando o pó
dançar como amigo só
Isto é como tudo
não há-de ser nada
a minha namorada
é tudo que eu queira
mas vive para lá da fronteira
Separam-nos cordas
separam-nos credos
e creio que medos
e creio que leis
nos colam à pele papéis
Tratados, acordos
são pântanos, lodos
Pisemos a pista
é bom que se insista
dancemos no mundo
Eu só queria dançar contigo
sem corpo visível
dançar como amigo
se fosse possível
dois pares de sapatos
levantando o pó
dançar como amigo só
Por ódio passado
(que seja maldito)
amor favorito
não tem importância
se for é de circunstância
Separam-nos crimes
separam-nos cores
a noite é de horrores
quem disse que é lindo
o sol-posto de um dia findo
Sozinho adormeço
E em teu corpo apareço
Pisemos a pista
é bom que se insista
dancemos no mundo
Eu só queria dançar contigo
sem corpo visível
dançar como amigo
se fosse possível
dois pares de sapatos
levantando o pó
dançar como amigo só
Em passos tão simples
trocar endereços
num mundo de acessos
ar onde sufocas
lugar de supostas trocas
Separam-nos facas
separam-nos fatwas
pai-nossos e datas
e excomunhões
acondicionando paixões
Acenda-se a tua
luz na minha rua
Pisemos a pista
é bom que se insista
dancemos no mundo
Eu só queria dançar contigo
sem corpo visível
dançar como amigo
se fosse possível
dois pares de sapatos
levantando o pó
dançar como amigo só
sexta-feira, 2 de março de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Expressões idiomáticas - Idioms
Apanhar uma seca / Ser uma seca
Significado: algo que é extremamente aborrecido ou desinteressante.
Exemplos:
- O professor esteve a falar durante duas horas! Apanhei uma seca monumental!
- O jantar de ontem foi uma seca.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Música ao domingo
Maria João & Mário Laginha - Beatriz
Versão de uma música original de Chico Buarque e Edu Lobo.
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
Versão de uma música original de Chico Buarque e Edu Lobo.
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Zeca Afonso - 25 anos
Faz hoje 25 anos que desapareceu Zeca Afonso, o mais importante e influente cantor de intervenção português. Foi um grande combatente do Fascismo e foi uma das suas músicas, "Grândola, Vila Morena", que serviu como sinal para dar início à Revolução dos Cravos (25 de Abril de 1974).
Obrigado, Zeca.
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Ouvir e repetir - Um dia normal
O que faço num dia normal? Acordo por volta da sete, levantanto-me e tomo o pequeno-almoço. Depois tomo um duche rápido, lavo os dentes e saio para o trabalho. Habitualmente vou de bicicleta, embora por vezes apanhe o autocarro. Por volta da uma almoço perto do trabalho e tomo um café cheio antes de voltar para o meu emprego. A meio da tarde, pego no meu saco e vou ao ginásio. Por vezes passo pelo supermercado e faço algumas compras para a casa. Chego a casa por volta das oito da noite e faço o jantar. Durante a semana vejo um pouco de televisão ou navego na internet. Antes de dormir, leio um bom livro e por volta da meia noite vou para a cama. De vez em quando, antes ou depois de jantar, saio e bebo um copo com os amigos. Claro que ao fim de semana aproveito sempre para dormir mais um pouco de manhã.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Expressões idiomáticas - Idioms
Ter (estar com) a corda na garganta.
Significado: estar numa situação aflitiva ou desesperante.
Exemplos:
- Desde que estou desempregado que estou com a corda na garganta.
- A equipa já não vence há três jogos e está cada vez mais com a corda na garganta.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Lenços dos namorados
"O meu coração só por ti suspira, só a ti adora"
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Expressões idiomáticas - Idioms
Ter a faca e o queijo na mão.
Significado: ter uma situação totalmente a seu favor, ter a possibilidade de decidir uma questão como se quiser.
Exemplos:
- Com uma vantagem de cinco pontos, a equipa ABC tem a faca e o queijo na mão.
- Com tudo o que sabe sobre mim, ele tem a faca e o queijo na mão.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Música ao domingo
Um magnífico poema de Ary dos Santos na voz de Mafalda Arnauth - "Estrela da tarde"
Era a tarde mais longa de todas as tardes
Que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas
Tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
Tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
Na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo
Que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz
Que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto
Tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite,
Para haver outro dia.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Foi a noite mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos noturnos silêncios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram.
Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto!
Era a tarde mais longa de todas as tardes
Que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas
Tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
Tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
Na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo
Que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz
Que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto
Tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite,
Para haver outro dia.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Foi a noite mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos noturnos silêncios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram.
Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto!
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